Depois de 10 meses, 10 dias, 3horas, 45 minutos, 95 posts, agradeço a todos os que contribuiram para as mais de 5000 visitas. Infelizmente não tenho forma de saber quantas almas diferentes visitaram este espaço. De todas, a que mais me comove é a visita de um brasileiro que procurava e procura um antepassado seu italiano.
Enfim, se isto chegar às 10000 será mau sinal: mais 10 meses aqui significarão horas perdidas de utilidade pública e plenitude privada.
Especialmente aos de todos os dias, Obrigado.G.F.
…respostas, críticas, crónicas, verdades infundadas, teorias, encontros, paródias, conspirações, chalaças, ramboiadas, lágrimas, venenos, gentes, vícios, valores, palavras, perguntas, solidões, comunhões, fobias, frenias, neopatologias, actualidades, mundialidades, portugalidades. Ou só insignificâncias…
quinta-feira, maio 13, 2004
quarta-feira, maio 12, 2004
Eurovisão
E lá continuamos a cantar em português nestes certames. Nos tempos em que o país parava para ver o Festival havia o José Cid. Esse sim conseguiu levar-nos ao 3º lugar na Europa. Ele sim é o maior, porque inventou o Rock Progressivo, tem mais de 500 mil sites na net, devia ter aberto a primeira parte dos Rolling Stones, consegue cantar com um olho fechado e outro de vidro e encheu meu coração num dos concertos da minha vida, no Coliseu, o mês passado. Mas este ano estamos perto da espectacularidade e do sex appeal dos outros concorrentes; talvez uma boa classificação. Espero que alguém me avise quando começar a pontuação que é o que gosto mais de ver. Um ponto para Portugal sabe quase tão bem como um golo do Figo.
Mas quem merece a pena que seja referido é esse arauto, esse Gabriel Alves do entretenimento eurovisivo. O Eládio. Ouvir o Eládio Clímaco é receber um bilhete nostálgico. È vislumbrar os nossos Portugueses de maillot verde alface a escorregar de patins para dentro de piscinas. È ter o zunido do “ Atencion, prés, piiiiiiiiiii”. É descobrir que no Chipre há monumentos de uma beleza impar e que o Cartaxo tem um bom vinho. È trautear esse genérico mágico e emocionante “Ta ra ra ran, Ta ra ra ran, Ta ra ra ran, Ta ra ra ran; Ta, Ta ; Ta ra ra ra ran Ta ; Ta ra ra ra ran Ta ; Ta ra ra. Esses tempos em que os jogos ainda não tinham fronteiras. G.F.
P.S. Acabo de escrever este post e descubro que Portugal acaba de ficar com zero pontos. Afinal nem tudo muda.
Mas quem merece a pena que seja referido é esse arauto, esse Gabriel Alves do entretenimento eurovisivo. O Eládio. Ouvir o Eládio Clímaco é receber um bilhete nostálgico. È vislumbrar os nossos Portugueses de maillot verde alface a escorregar de patins para dentro de piscinas. È ter o zunido do “ Atencion, prés, piiiiiiiiiii”. É descobrir que no Chipre há monumentos de uma beleza impar e que o Cartaxo tem um bom vinho. È trautear esse genérico mágico e emocionante “Ta ra ra ran, Ta ra ra ran, Ta ra ra ran, Ta ra ra ran; Ta, Ta ; Ta ra ra ra ran Ta ; Ta ra ra ra ran Ta ; Ta ra ra. Esses tempos em que os jogos ainda não tinham fronteiras. G.F.
P.S. Acabo de escrever este post e descubro que Portugal acaba de ficar com zero pontos. Afinal nem tudo muda.
Times they are a changing
Se me perguntarem do que é que sou, só tenho duas respostas, do Movimento Escutista e do Benfica.
Não conheço Deus. Pratico o cristianismo mas não acredito em ressurreições. Não acredito em Fados embora viva de Saudade. Sou do Mundo, embora felizmente Português. Se me perguntarem se sou de Esquerda ou de Direita não sei responder linearmente. Acredito que os tempos mudam, pertenço talvez às letras de Bob Dylan. G.F.
Times they are a changing
Come gather 'round people
Wherever you roam
And admit that the waters
Around you have grown
And accept it that soon
You'll be drenched to the bone.
If your time to you
Is worth savin'
Then you better start swimmin'
Or you'll sink like a stone
For the times they are a-changin'.
Come writers and critics
Who prophesize with your pen
And keep your eyes wide
The chance won't come again
And don't speak too soon
For the wheel's still in spin
And there's no tellin' who
That it's namin'.
For the loser now
Will be later to win
For the times they are a-changin'.
Come senators, congressmen
Please heed the call
Don't stand in the doorway
Don't block up the hall
For he that gets hurt
Will be he who has stalled
There's a battle outside
And it is ragin'.
It'll soon shake your windows
And rattle your walls
For the times they are a-changin'.
Come mothers and fathers
Throughout the land
And don't criticize
What you can't understand
Your sons and your daughters
Are beyond your command
Your old road is
Rapidly agin'.
Please get out of the new one
If you can't lend your hand
For the times they are a-changin'.
The line it is drawn
The curse it is cast
The slow one now
Will later be fast
As the present now
Will later be past
The order is
Rapidly fadin'.
And the first one now
Will later be last
For the times they are a-changin'.
Bob Dylan, Outubro de 1963
(experimentar a versão cantada pelo Eddie Vedder ao vivo)
Não conheço Deus. Pratico o cristianismo mas não acredito em ressurreições. Não acredito em Fados embora viva de Saudade. Sou do Mundo, embora felizmente Português. Se me perguntarem se sou de Esquerda ou de Direita não sei responder linearmente. Acredito que os tempos mudam, pertenço talvez às letras de Bob Dylan. G.F.
Times they are a changing
Come gather 'round people
Wherever you roam
And admit that the waters
Around you have grown
And accept it that soon
You'll be drenched to the bone.
If your time to you
Is worth savin'
Then you better start swimmin'
Or you'll sink like a stone
For the times they are a-changin'.
Come writers and critics
Who prophesize with your pen
And keep your eyes wide
The chance won't come again
And don't speak too soon
For the wheel's still in spin
And there's no tellin' who
That it's namin'.
For the loser now
Will be later to win
For the times they are a-changin'.
Come senators, congressmen
Please heed the call
Don't stand in the doorway
Don't block up the hall
For he that gets hurt
Will be he who has stalled
There's a battle outside
And it is ragin'.
It'll soon shake your windows
And rattle your walls
For the times they are a-changin'.
Come mothers and fathers
Throughout the land
And don't criticize
What you can't understand
Your sons and your daughters
Are beyond your command
Your old road is
Rapidly agin'.
Please get out of the new one
If you can't lend your hand
For the times they are a-changin'.
The line it is drawn
The curse it is cast
The slow one now
Will later be fast
As the present now
Will later be past
The order is
Rapidly fadin'.
And the first one now
Will later be last
For the times they are a-changin'.
Bob Dylan, Outubro de 1963
(experimentar a versão cantada pelo Eddie Vedder ao vivo)
Momento Sem Senso
Tenho que anotar este pensamento. Porque me parece ou mesmo genial ou então o plágio inconsciente de alguma mente ouvida algures. Confirmem-me que não sou eu o autor. È que isto poderá ser o inicio do épico em que se tornará a minha vida. Do mito que trovadores vão trautear daqui a 100 anos e mulheres desmaiar só de ouvir falar no meu nome. Uma epifania sobre um jovem quase adulto que revolucionou o pensamento Humano e viu a sua obra reconhecida em vida com 3 Prémios Nobel e uma posterior bancarrota marcada pelo vício boémio das noites perdidas dançando com a Fama. Uma morte não anunciada em horário nobre mas o direito à toponímia de uma travessa conspurcada no local onde nasceu. Pensando bem, espero que tenha sido já outro a dizer isto. Porque ser-se genial como os outros foram deu-lhes trabalho e eu, como muitos, gosto mais de dormir. De qualquer das formas alguém me diga se já tinha ouvido isto:
Diz-se constantemente que por trás de um grande homem está uma grande mulher. Perguntei-me no outro dia se por trás de um grande homem não poderia estar simplesmente, dependendo da posição relativa ao astro rei, uma grande sombra.G.F
Diz-se constantemente que por trás de um grande homem está uma grande mulher. Perguntei-me no outro dia se por trás de um grande homem não poderia estar simplesmente, dependendo da posição relativa ao astro rei, uma grande sombra.G.F
Tenho de contar isto: a !!!!ISABEL FIGUEIRA!!! tentou engatar-me ontem à noite.
Como está um dia de sol, um post light. Para fans de rebelos pintos e psicologias de bares de faculdade. Este post é e não é sobre o Amor. Toda a gente escreve, disserta, hiperboliza, eufemiza, intelectualiza sobre o amor, as relações amorosas. Eu neste post não vou fugir à probabilidade científica da estatística social. Porém gostava de começar pelo que me parece mais grave: toda a gente fazer o que agora faço.
Culpabilizo principalmente os poetas, escultores, dramaturgos, pintores, criativos, pensadores, escritores de casa de banho, argumentistas de cinema pela enxurrada de amor que trazem ao nosso quotidiano. As eternidades que despenderam a descrever pores de sol, a elevar em telas uniões consumadas, repetir infindavelmente em todos os dialectos «eu amo-te» enjoaram-nos. Obrigado, conseguiram tornar o mais belo bem da Humanidade num cliché. E já agora que está muito na moda linguística, kitch. Tornaram o romantismo kitch, cliché, descartável. Pior que isso, quanto mais eles falam de amor mais nos vamos afastando de amar. Já nos curaram a quase todos da ridícula obsessão de encontrar a mulher ou o homem das nossas vidas. E então já tratados e combatendo todo o combate épico de Amar, hoje proclamado obsoleto, vamos gostando, ora aqui ora ali de algumas, navegando em corpos em que nunca nos interessará estar ao leme. Deixamos o Amor para a literatura e cinema, ou para os 10 minutos antes de adormecemos. E como é cada vez mais fácil adormecer vamos acordando e vivendo os dias de conquistas fáceis, de engates estandardizados.
E entre os mais caricatos engates modernos estão os que se iniciam na Internet. Começa-se com um “donde teclas” abreviado, como o resto de toda a corte virtual. Constrói-se a personagem do outrem atrás do monitor. “Interessante e provavelmente giro/a” surgem como alicerces dos castelos no ar. Esquecemo-nos que quase toda a gente é sempre quase tão feia, normal, “simpática”, como nós; que atrás de um lol há de haver um vulgar sorriso.
Então, quando há necessidade de ver esse rosto, subtilmente pergunta-se pelo novo paladino do engate globalizante, o MSN. È muito mais fácil que perguntar: “tens fotos na praia?”. Por duas razões. Porque é explícita e nitidamente preverso queremos indagar sobre o potencial estético sexual do outro e porque as pessoas destas tribos têm sempre 10 ou 12 fotografias que por “acaso” tiraram no Algarve o Verão passado. Assim, os dois que procuram o mesmo, atenuam puritanamente as suas pulsões. Há também a possibilidade de se pedir o envio da fotozita do canto. Para ver melhor as mamas ou os abdomens, pensam. “Porque não se percebe bem o teu olhar, uma vez que o quadradinho é pequeno”, teclam. Os mais ousados e talvez menos cínicos ligam logo a webcam e microfones.
O jogo continua até chegar o timing perfeito para se conseguir o número de telemóvel. Diz-se o que se quer ouvir, mandam-se ursinhos em pacotes “compre 3 mensagens de imagem leve 4” e s.m. essa-se um “eu curto-te bués”. O que 90 por cento das vezes se traduz num “quero mandar-te uma valente queca”, especialmente quando as mensagens estão inundadas de reticências. E começam então os festejos de amor da Vodafone, da TMN.
Um dia, uma semana, um mês, conforme o índice de coragem hormonal, e marca-se um encontro. De preferência num centro comercial com muitas lojas, muitos estímulos que distraiam de uma possível conversa. Afinal o ritual de engate já foi estabelecido. Escolhe-se um filme que exija uma reflexão introspectiva, como “Scary Movie” ou o “Hulk”. Sai-se do filme com a sensação de não ter percebido bem o argumento, talvez porque as legendas passam muito depressa.
Depois, dependendo das horas a que têm de estar noutro lado, ou estaciona-se o carro num sítio “romântico” (qualquer terriola tem um, até Lisboa tem a Torre de Belém) ou vai-se para a casa despaternizada.
Já de novo e sozinho frente ao computador, muda-se de nick, e começa novamente a hora de ponta. Ou ali, ou numa discoteca, numa praia. Enfim, um vampirismo modernista invertido em que os próprios chupistas se consomem. São vidas dizem. Pergunto-me sobre qual será o ritual mais solitário. Este, ou o nosso, o dos que ainda não têm problemas de parecerem ridicularmente obsoletos?
P.S. Como é óbvio, o título do post serviu apenas como garantia da vossa leitura integral desta pseudo-reflexão. Se tal fosse verdade, neste momento não estaria por estas bandas a ouvir o Eládio Clímaco a relatar o Festival da Canção. G.F.
Culpabilizo principalmente os poetas, escultores, dramaturgos, pintores, criativos, pensadores, escritores de casa de banho, argumentistas de cinema pela enxurrada de amor que trazem ao nosso quotidiano. As eternidades que despenderam a descrever pores de sol, a elevar em telas uniões consumadas, repetir infindavelmente em todos os dialectos «eu amo-te» enjoaram-nos. Obrigado, conseguiram tornar o mais belo bem da Humanidade num cliché. E já agora que está muito na moda linguística, kitch. Tornaram o romantismo kitch, cliché, descartável. Pior que isso, quanto mais eles falam de amor mais nos vamos afastando de amar. Já nos curaram a quase todos da ridícula obsessão de encontrar a mulher ou o homem das nossas vidas. E então já tratados e combatendo todo o combate épico de Amar, hoje proclamado obsoleto, vamos gostando, ora aqui ora ali de algumas, navegando em corpos em que nunca nos interessará estar ao leme. Deixamos o Amor para a literatura e cinema, ou para os 10 minutos antes de adormecemos. E como é cada vez mais fácil adormecer vamos acordando e vivendo os dias de conquistas fáceis, de engates estandardizados.
E entre os mais caricatos engates modernos estão os que se iniciam na Internet. Começa-se com um “donde teclas” abreviado, como o resto de toda a corte virtual. Constrói-se a personagem do outrem atrás do monitor. “Interessante e provavelmente giro/a” surgem como alicerces dos castelos no ar. Esquecemo-nos que quase toda a gente é sempre quase tão feia, normal, “simpática”, como nós; que atrás de um lol há de haver um vulgar sorriso.
Então, quando há necessidade de ver esse rosto, subtilmente pergunta-se pelo novo paladino do engate globalizante, o MSN. È muito mais fácil que perguntar: “tens fotos na praia?”. Por duas razões. Porque é explícita e nitidamente preverso queremos indagar sobre o potencial estético sexual do outro e porque as pessoas destas tribos têm sempre 10 ou 12 fotografias que por “acaso” tiraram no Algarve o Verão passado. Assim, os dois que procuram o mesmo, atenuam puritanamente as suas pulsões. Há também a possibilidade de se pedir o envio da fotozita do canto. Para ver melhor as mamas ou os abdomens, pensam. “Porque não se percebe bem o teu olhar, uma vez que o quadradinho é pequeno”, teclam. Os mais ousados e talvez menos cínicos ligam logo a webcam e microfones.
O jogo continua até chegar o timing perfeito para se conseguir o número de telemóvel. Diz-se o que se quer ouvir, mandam-se ursinhos em pacotes “compre 3 mensagens de imagem leve 4” e s.m. essa-se um “eu curto-te bués”. O que 90 por cento das vezes se traduz num “quero mandar-te uma valente queca”, especialmente quando as mensagens estão inundadas de reticências. E começam então os festejos de amor da Vodafone, da TMN.
Um dia, uma semana, um mês, conforme o índice de coragem hormonal, e marca-se um encontro. De preferência num centro comercial com muitas lojas, muitos estímulos que distraiam de uma possível conversa. Afinal o ritual de engate já foi estabelecido. Escolhe-se um filme que exija uma reflexão introspectiva, como “Scary Movie” ou o “Hulk”. Sai-se do filme com a sensação de não ter percebido bem o argumento, talvez porque as legendas passam muito depressa.
Depois, dependendo das horas a que têm de estar noutro lado, ou estaciona-se o carro num sítio “romântico” (qualquer terriola tem um, até Lisboa tem a Torre de Belém) ou vai-se para a casa despaternizada.
Já de novo e sozinho frente ao computador, muda-se de nick, e começa novamente a hora de ponta. Ou ali, ou numa discoteca, numa praia. Enfim, um vampirismo modernista invertido em que os próprios chupistas se consomem. São vidas dizem. Pergunto-me sobre qual será o ritual mais solitário. Este, ou o nosso, o dos que ainda não têm problemas de parecerem ridicularmente obsoletos?
P.S. Como é óbvio, o título do post serviu apenas como garantia da vossa leitura integral desta pseudo-reflexão. Se tal fosse verdade, neste momento não estaria por estas bandas a ouvir o Eládio Clímaco a relatar o Festival da Canção. G.F.
domingo, maio 02, 2004
Rendez-vous
Prateleiras de frigoríficos, raios de bicicletas, aspiradores e jornais transformados numa banda sonora incrivelmente criativa, cativante. O pioneirismo da psicodinâmica canina em animação cinematográfica. Os ombros largos da máfia, HolyFood, a Estátua da Liberdade badocha, os gémeos dos ciclistas, a velhice das gémeas, o crescimento incontrolável das grandes urbes. Ingredientes mordazes todos remisturados em tons de caricatura, instantes gargalhados em que se capta o ridículo da condição humana. E uma heroína lusa que transporta os traços do seu país aos ombros. Diminuta, coxa, de buço mal aparado, míope, cantando o fado mal tocado num piano. Mas quando procura a salvação, astuta e de artimanhas consegue atravessar oceanos e vencer. Ver este filme, é descobrir que também a sátira humorística não precisa de palavras. Ah, e "Bruno", verdadeiro basbaque. G.F.
Tradição ainda é o que era.
Alertando para a necessidade da B.A., Boa Acção diária, pedi à minha equipa criativa predilecta, os meus lobitos, se me podiam indicar alguns exemplos possíveis de serem postos em prática nas suas casa, com os seus pais. Num pequeno “brainstorming”, responderam-me: «ajudar a lavar a loiça, limpar o pó, arrumar bem os brinquedos, dar os ingredientes para a minha mãe cozinhar». O João Lopes disse-me ingenuamente: «ajudar o meu pai a ver televisão.»G.F.
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