sábado, fevereiro 14, 2004

descupizados

Aos que não passaram o dia a ver dvds de comedias românticas, não ouviram mais o Hugh Grant que o “amante” a seu lado; aos que não perderam a virgindade neste dia; aos que não pensaram hoje pela primeira vez em fazer uma surpresa daquelas mesmo românticas, como enviar um postal via e-mail, oferecer flores e chocolates ou um cd de “romantic love balades volume VII”; aos que não se sentiram na obrigação de dizer a medo “eu amo-te”; aos que não decoraram com antecedência três ou quatro frases célebres de amor; aos que não dedicaram ao amado/a uma música inglesa da qual percebem 4 ou 5 versos; aos que não se sentiram estúpidos por não terem terminado as relações seis ou sete dias antes (sempre se poupava na prenda); aos que se sentiram validamente mais sozinhos mas felizes pois estar encalhado sempre é melhor que navegar de mau para mau porto; as todas as jovens almas por ai censuradas ou pelo destino, ou pela demasiada exigência emocional, ou pelos gélidos corações ou apenas por ai errantes e sós sem perceber até quando; aos que gastam as energias a escrever ou a ler blogs em vez de as canalizarem numa paixão imortal e avassaladora por alguém e algo em que verdadeiramente acreditem; a todos os que viveram um dia 14 de Fevereiro de 2004 que foi apenas dia 14 de Fevereiro de 2004, dedico estas palavras. G.F.

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