terça-feira, outubro 28, 2003

Conheço um gay.

O meu dicionário de Word é gay. Só tem a palavra vizinho, pede-me que ignore vizinha. Já que falo de gays, há dias estava a falar com um gajo que conheço, gay. Não tenho amigos gays como muita gente gosta de dizer. Por acaso não tenho amigos gays, nem pretos, nem cegos, nem com qualquer estigma marcante. Nem gostava de ter. Gosto de ter os amigos que me vão surgindo na vida, amigos que se fazem num acaso de um dia, numa conversa perdida. Talvez um dia esse acaso me traga um amigo perneta, uma amiga barbuda. Mas prometo já aqui não os buscar para argumentos a favor ou pró exclusão social. È que hoje, ter um amigo preto, dizer que temos um amigo gay parece que dá um certo status, parece que torna alguns basbaques cosmopolitas. Torna-os ainda mais iguais aos pequenos, julgando-se eles que o facto de ter um amigo gay os faz diferentes e abertos.

Mas a verdade é que hoje em dia quase ninguém tem amigos. O que se tem é uma lista de contactos, de preferência eclética, gente de vários quadrantes, onde vamos buscar amigos para argumentos, para exemplos, para negócios, para desabafos sincronizados, para críticas, para favores. Mas isto não tem nada a ver com o que queria escrever. O último parágrafo é seria apenas o post.

Conheço um gay, que não é meu amigo e dai a generalização que vou fazer ser completamente abusiva. Mas é que o gajo é o gajo mais mesquinho, mais intriguista que conheço. E estes atributos surgem de forma directamente proporcional à sua sensibilidade artística, à visão dos pequenos pormenores. Portanto concluo erroneamente que, segundo a minha amostra, os homens gays têm o melhor que os homens não possuem e ao mesmo tempo o pior que as mulheres julgam não ter. G.F.C.


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