A diferença entre a quantidade de palavras que se apagam antes de serem publicadas e as que se desvanecem em redemoinhos dançando pelos labirintos das noites sem sono é incrivelmente significativa.
Às vezes escreve-se por tudo, outras escreve-se por nada.
Às vezes temos tudo para contar. Outras vezes as nossas pequenas estórias resumem-se à nossa embrionária e desinteressante história.
Às vezes urge escrever, acalmar a tesão neuronal, explodir em bebedeiras de fábulas, de contos, de discrições calorosas dos santuários momentos que nos tenham tocado. Outras em que não nos toca nada e tudo é gélido, imaculado, desapaixonado e desapaixonante.
Às vezes a pele toca-nos na alma outras vezes somos apenas restos de boas lembranças e moderadas esperanças.
Às vezes descobrimos a vida nas águas revoltas dos nossos dias tão sempre diferentes. Outras em que descobrimos estagnação nos pântanos do nossos dias tão sempre iguais.
Às vezes em equilíbrio, outras procurando-o, vamos tentando perceber. Em todas as vezes, antes de concluirmos, adormecemos. G.F.
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