Ser e ter, Être et avoir. Um filme/documentário lindíssimo que vi hoje. Sem actores, sem um enredo suprafantástico. O dia a dia numa escola primária rural francesa. O amor do professor pela sua profissão e pelos alunos e a dádiva recíproca dos pequenos. A educação dos valores, o retrocesso à nossa própria infância. A tabuada, o recreio, as queixinhas.
Não quero, como noutros posts, fazer uma viagem nostálgica ao passado. Gostava de um dia escrever só sobre esses tempos da primária. Só queria dizer que o filme que hoje vi no cinema vale pela naturalidade das crianças e a forma como nos surpreendem ao sorrirmos espontaneamente com elas. Sem efeitos especiais, sem nomeações a galardões, sem lugares-comuns a não ser o da experiência que todos passamos. Um filme obrigatório para quem trabalha com miúdos. E uma lembrança pessoal da minha professora da primária, Maria de Lourdes Brites Manso Catarino, uma das personagens principais da minha infância, Educadora durante quatro importantes anos da minha vida.
Hoje redescobri porque chorou tanto a professora durante aquele mês de Junho, final da quarta-classe. Ela amava-nos mas nós crescemos e tivemos de partir. G.F.
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