domingo, outubro 30, 2005

segundo


Eu não conheço nem conheci bem o Padre Farin mas ele ajudou-me a alicerçar a visão romântica que tenho do escutismo ou do que deviam ser os Homens. Tudo por culpa de uma noite na Madeira, num miradouro com vista para o anfiteatro do Funchal em que falava connosco sobre o Brasil e da sua experiência como missionário lá. Eu tinha 14 anos. Entre estórias e uma mala de onde ele conseguia tirar sempre novas surpresas, apareceu uma guitarra. Foi quando se cantou entre tantas outras, “Romaria”. O trem da minha vida ainda hoje oiço iluminado como o cantámos em tom de oração melódica naquela noite.Desde então que Elis Regina tem um lugar especial na minha lista pessoal de afectos. Fiquei triste pouco depois quando descobri que já tinha morrido. Pensei que teria de ficar apenas com aqueles lugares especiais a que me levam algumas das canções que cantou e tive pena que não pudesse ouvir coisas novas e voltar a maravilhar-me. Alguns anos depois, nascida de si e renascida em si, Maria Rita e um “Segundo” que nos seus últimos segundos, descobertos pelo meu amigo Vegeta, me voltou a emocionar. G.F.

A paixão é como deus que quando quer me toma todo o pensamento
A paixão é como deus que quando quer me toma todo o pensamento
Dirige os meus movimentos, meu passo é seu
Meu pulso é desse todo poderoso sentimento
Dirige os meus movimentos, meu passo é seu
Meu pulso é desse todo poderoso sentimento

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