quarta-feira, outubro 26, 2005

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Se quando me deito é com ela com quem sonho acordado e se quando acordo é o vazio da sua inexistência que me faz querer dormir mais, então continuo amando. Ou também sei que amo, porque Neruda se tornou agora ainda mais infinito. Ou porque ela é um resumo de toda a Poesia. Ou porque às vezes tudo é simples. Ou porque eu e ela estivemos tão perto que ainda sinto mais frio perto dos outros. Ou só porque ela é a Mulher mais Bela do mundo. Ou porque não preciso de dar a ler o que escrevo pois já não me sinto tão só. Minto, preciso de vos mostrar o que escrevo e também dizer a toda a gente que a encontrei. Pois mais que a obrigação de encontrar o nosso amor há que cantá-lo. Escreve-lo em letras garrafais, ecoa-lo pelos muros, bites, todas as colunas de som da cidade. Contar a todos que a encontrámos, dizer quem ele é, gritar soletrando o seu nome que nos vem à memória em cada minuto. Consumar em decibéis de loucura a nossa fé passional.

Se a mais lamechas canção de amor ganha um significado profundo então estou apaixonado. Se quando me deito é com ela que sonho acordado e se quando ela se deita é comigo com quem sonha acordada então somos Namorados. Se quando adormecemos sorrimos, então é porque estamos e somos Felizes.
E devemos ter sempre alguém a quem anunciá-lo. G.F.

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