…respostas, críticas, crónicas, verdades infundadas, teorias, encontros, paródias, conspirações, chalaças, ramboiadas, lágrimas, venenos, gentes, vícios, valores, palavras, perguntas, solidões, comunhões, fobias, frenias, neopatologias, actualidades, mundialidades, portugalidades. Ou só insignificâncias…
domingo, janeiro 11, 2004
Velhas são as trapas.
Acabo de chegar de uma viagem de comboio bem sorridente. Três velhotas de aproximadamente 70 anos, conseguiram em 20 minutos falar de tudo. Lexotan, drogas, juventudes perdidas, mulheres fáceis, padres injustiçadamente atraentes, respeito, vidas perdidas, afectos. Imaginei-me a falar mais com a minha avó que, como estas senhoras tão simpáticas e afáveis, não sente que os tempos que agora vivemos surgem como piores que os tempos dela, são apenas diferentes. Desejaram-me, quando sairam na paragem antes da minha « Sorte e saúde jovem.» Sorri e julguei-me novo, diria mesmo ainda adolescente pois a frase que me ficou na cabeça o caminho todo, desde a estação até casa, foi a da senhora de cabelo mais grisalho: «Abaixo da cintura ninguém é honesto». Quem disse que não se aprende com os mais velhos, morrerá ignorante. G.F.
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